Para sua comunidade 4. Profetas e profetisas do nosso povo

Profetas e profetizas do nosso povo
4º. ensaio– O profeta Gentileza e os profetas das ruas, artistas da caminhada

 

1. Raízes
* retomar o conceito de culturas como movimento aberto, criativo, constante, histórico e também de encontro entre saberes e trocas
* compreender que a profecia, como luta histórica por justiça, se faz presente em muitas formas culturais e nem sempre visibilizadas, ou seja, o profetismo está presente nas ruas, nas comunidades, entre nós
* descobrir a ação profética presente nos artistas, nas expressões artísticas.

2. Atividade integradora
Selecionar imagens de artistas, grafites, posters, que evoquem gritos proféticos, denúncias e anúncios.
Primeiro momento, individual – Contemplar cada imagem e sentir, através da contemplação, quais as emoções que chegam e o que a imagem provoca em você.
Segundo momento, comunitário – partilhar as imagens, emoções e convocações que chegaram através delas.
Sugestões – cartazes das CEBS, dos movimentos, grafites dos Movimentos comunitários, fotografias

3. Questões motivadoras
Já nos demos conta de que há profetas espalhados por toda parte? O que caracteriza um olhar e uma ação profética?
Por que essas profetisas e profetas de nosso tempo não são reconhecidos?
Será que nossa leitura bíblica ajuda a reconhecermos o profetismo e também nós assumirmos nossa vocação profética onde estivermos?
Motivados por essas questões, vamos assistir ao 4º. Ensaio sobre a Profecia hoje – PROFETAS E PROFETISAS DE NOSSO POVO e depois voltaremos a conversar.

Profetas e profetisas do nosso povo

4. Dialogando
1. Qual a relação que existe entre as produções culturais de nosso povo e a PROFECIA?
2. Por que as ações proféticas que brotam como expressões artísticas não costumam ser reconhecidas como profecias?
3. Conte para nós (ou pesquise) um profeta ou profetisa presente em sua cidade, em sua comunidade, que expresse seu grito através da arte.
4. O Espírito Santo suscita profetas no meio do povo, em todos os povos. (Leonardo Boff) Como você sente contaria esse mesmo pensamento no seu grupo de amigos, de pastoral, de trabalho?
5. Qual a parte do Ensaio que estamos conversando hoje te chamou mais a atenção? Conte por que.

5. Vale à pena pensar, estudar, refletir
_ Ler o profeta Jeremias 1,5-19
_ Selecione um dos versículos e dialogue com ele, é Deus mesmo falando contigo. O que você ouve? O que você gostaria de responder ?
_ Ser profeta é re-imaginar o sagrado em nosso chão. Pensar a mensagem de Deus fazendo sentido hoje. A profecia é constituída pela leitura dos acontecimentos com discernimento crítico. É a pessoa que na sua ação, ela diz uma coisa maior do que a própria ação, e ajuda a entender o significado, a interpretar, a ‘ler o mundo’. (Timóteo André)
_ Os profetas do passado e também os do presente são muito diferentes de um tipo de sacerdotes, de clero, que mantinham (ou ainda mantém) a lógica do Templo como troca de bens materiais, de poder, de opressão, de lucro, de corrupção. Na lógica dos reis, eles não querem mudar nada, eles querem apenas manter, sem se preocupar com o bem comum.(Timóteo André)
_ O profeta é alguém que vai olhar a realidade e não se conformar com ela, vai propor repensar, redefinir, redesenhar, e vamos fazer isso juntos, de forma comunitária. (Timóteo André)

6. Seiva que alimenta e fortalece
Vamos reunir duas composições nessa experiência final, que pode ser de oração, de contemplação, de dançar juntos numa ciranda ou até deixar o corpo sentir a canção e expressar.
A canção Gentileza, de Gonzaguinha, e a canção Coração Civil, de Milton Nascimento e Fernando Brant

Feito louco / Pelas ruas
Com sua fé / Gentileza
O profeta / E as palavras
Calmamente / Semeando

Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país

Semeando / O amor
À vida / Aos humanos
Bichos / Plantas
Terra / Terra nossa mãe.

Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver

Nem tudo acontecido / De modo que se possa dizer
Nada presta / Nada presta
Nem todos derrotados / De modo que não dê pra se fazer uma festa

Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Vou sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal

Encontrar / Perceber
Se olhar / Se entender
Se chegar / Se abraçar
E beijar / E amar
Sem medo / Insegurança

Medo do futuro / Sem medo
Solidão / Medo da mudança
Sem medo da vida / Sem medo medo
Das gentileza / Do coração.
Feito louco pelas ruas…

Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder?
Viva a preguiça, viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu vou viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso, um dia se realizar

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