Sobre a Burrinha de Balaão

Olhemos com um novo olhar para a narração bíblica da Burrinha de Balaão e deixemos que essa narrativa nos instigue, nos provoque para pensarmos a profecia hoje.

Sobre a Burrinha de Balaão

No livro dos Números encontramos esta bela história da burrinha que viu o anjo de Deus e empacou. Embora seu dono a chicoteasse para que se movesse, ela não ‘arredou o pé’. Chegou até a se ajoelhar e o homem só pensava em repreender e maldizer. Que lição o animal deu ao seu amo.
Por ser severo e violento com um ser que não tem o entendimento que ele teria e por estar distante da realidade espiritual. Como aquele Balaão, muitas pessoas passam a vida a recriminar aqueles que agem diferentemente. O anjo de Deus pode estar no nosso caminho. O que faríamos hoje?
Acusaríamos a burrinha por atrasar os nossos projetos ou perceberíamos que há algo transcendente que nos cobra atitudes de respeito e conversão!

O anjo tinha uma espada nas mãos,
o homem um chicote.
A burrinha não tinha nada,
mas salvou a vida daquele homem
e sinalizou-nos uma estrada invisível que só poderemos divisar com a humildade do servo-sofredor.

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BALAÃO é um profeta que não é mais capaz de ver os sinais do Espírito.
É como o Ocidente cristão entorpecido, ligada às estruturas dos poderosos exploradores.
A burrinha é a besta de carga de quem usa e abusa. É o símbolo dos Povos do Terceiro Mundo. E o Ocidente, há séculos, serve-se do Terceiro Mundo com a mesma inconsciência que Balaão com a burrinha.
Balaão deve reaprender a viver na escola da burrinha. Reaprender o valor do esforço. Reaprender a tratar com respeito o menor pedaço de pão.
A partilha é um dom que exige sacrifício, e que realizam, mutuamente, duas pessoas que se sabem irmãs. É comunhão.

Irmão Alfredinho
Fonte: JOSEPH BOUCHAUD E FRÈDY KUNZ, A BURRINHA DE BALAÃO. São Paulo: Loyola, 1977

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